INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ
PROFESSOR: SÍLVIO NAZARENO DE SOUSA GOMES
ACADÊMICA:ANDRÉA DE NAZARÉ DE OLIVEIRA CANTUÁRIA
TURMA: 5-LIC-E-N
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II:
DOCÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA
Relatório apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado II
como instrumento avaliativo referente ao ano de 2011 sob orientação
do professor Sílvio Nazareno de Sousa Gomes.
MACAPÁ
2011
INTRODUÇÃO
Este trabalho relata o desenvolvimento do Estágio Supervisionado II: Docência em Língua Portuguesa, do Curso de Letras Licenciatura com Habilitação em Língua Espanhola e suas respectivas Literaturas, realizado na Escola Estadual Professor José barroso Tostes, tendo como orientador o Docente Sílvo Nazareno de Sousa Gomes, responsável por ministrar a disciplina.
Os objetivos do Estágio buscaram apresentar a relação existente entre o meio escolar e a comunidade como um todo (família).
Apresentarei o que pude observar durante os dias que passei na escola/sala de aula; a postura dos alunos, da professora e a forma de participação destes nas minhas aulas/estágio.
Iniciei o Estágio com a visita técnica à Escola Campo, onde inicialmente fui apresentada para a comunidade escolar, e para a professora Silvânia Medeiros. O estágio supervisionado iniciou dia 18/04/2011 e foi até 25/04/2011.
RELATÓRIO
Relato do Estágio Supervisionado ocorrido entre os dias 18 a 25 de Abril de 2011, na Escola Estadual Professor José Barroso Tostes, ministrada na turma 122, do Ensino Médio, turma composta por 43 (quarenta e três ) alunos. Durante a semana realizou-se a docência em língua portuguesa durante cinco aulas.
Fiquei responsável de ministrar o assunto Coesão Textual. Quanto às aulas pude perceber que alguns alunos não sabiam muito bem como perceber se um texto é coeso ou não, e com a minha ajuda puderam aprender a encontrar a coesão dentro de um texto.
Busquei trabalhar textos que chamassem a atenção dos alunos. Os textos foram: Ana Dragão e Missionário Morto em acidente de Trânsito.
Ex.: ANA DRAGÃO
Conheci Ana Dragão, neste mundo cheio de surpresas terríficas, no dia em que veio à escola pedir minha intercessão para conseguir vaga para a filhinha de uma sua protegida. Era um comentado mito de força e persistência, o terror admirado da favela em que morava, viúva de bandido morto com dezesseis tiros e muitas facadas.
Pois essa bela mulher não merecia o nome que tinha. Era despachada e um tanto arrogante, falava laconicamente e olhava muito, mas era bonita lá nos seus trinta e oito, quarenta anos.
Consegui, com a diretora, a vaga pretendida e Ana Dragão me fez uma promessa: ia me trazer um presente assim que pudesse. De uma certa maneira, seu jeito decidido me fez gostar dela e aguardar confiante o presente. A filha da protegida era uma coisinha pequena, parda e tímida, que logo procurei pôr à vontade. Ana, não vi mais.
Para meu desapontamento, ela não cumpriu o prometido. Morreu assassinada dois dias depois de sua visita à escola.
MISSIONÁRIO MORTO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO
O padre Luigi Marcato, 83 anos, morreu na madrugada de domingo vítima de um acidente de trânsito. Ele viajava na Belina de placa AHW-3125, conduzida por José Luiz Alves, 55 anos.
O motorista perdeu o controle do carro, que capotou e bateu em um poste da BR-369, entre Londrina e Ibiropã.
No acidente, que aconteceu por volta das 21h55 de sábado, também se feriu Cassilda de Jesus Costa, 50 anos. Encaminhada à Santa Casa de Londrina, até o início da noite de ontem, seu estado era grave. José Luiz Alves sofreu ferimentos leves e foi atendido no HU.
Ele foi velado no centro missionário do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras (PIME) e enterrado no cemitério de Ibiporã (14 quilômetros a leste de Londrina). Luigi Marcato desenvolvia trabalho missionário em Macapá (Amapá) e estava em Londrina para fazer tratamento de saúde.
Muitos alunos gostaram, e ao final, pedi que eles construíssem um texto mostrando as suas reações diante da “nova professora” de língua portuguesa. Após isso, troquei os textos entre os alunos e eles destacaram se o texto apresentava coesão ou não. Alguns alunos não fizeram o exercício, mas a maioria participou.
Em outro momento da aula, fiz um trabalho em grupo com a turma e percebi que quando os trabalhos são realizados em grupos, poucos participam e a maioria só quer saber de conversar. É percebível que alguns alunos realmente querem aprender algo, mas outros simplesmente vão para a escola “forçados”.
No período do estágio, também observei algumas características da escola, da sala de aula e dos alunos.
· ESCOLA
A Escola Estadual Professor José Barroso Tostes, é localizada no municipio de Santana - AP. É uma escola de tradição e confiança do município santanense. A escola é ampla e funciona em três turnos: manhã, tarde e noite, com turmas de 7ª série ao 3° ano do ensino médio. Possui:
Ø Banheiros femininos e masculinos;
Ø Um laboratório de informática (LIED);
Ø Uma biblioteca;
Ø Uma sala para os professores;
Ø Banheiro na sala dos professores;
Ø Sala de orientação;
Ø Sala da Direção;
Ø Uma lanchonete particular;
Ø Uma cantina da própria escola;
Ø Secretaria.
· SALA
Ø Não é tão ampla;
Ø Possui dois ar-condionado que não gelam quase nada;
Ø É um ambiente muito sujo, pois os alunos não colaboram e jogam lixo aonde bem entendem;
Ø É muito desorganizada, pois os alunos sentam de qualquer jeito;
Ø É uma sala apertada para o número de alunos;
Ø Paredes e carteiras riscadas e sujas;
Ø Das 12 lâmpadas que iluminam a sala, somente 6 funcionam, o que deixa o ambiente escolar “escuro”;
· ALUNOS
Ø Alguns alunos realmente prestam atenção nas aulas;
Ø Algumas meninas ficam se maquiando e se olhando no espelho;
Ø Meninos e meninas ficam com fone de ouvido durante as aulas;
Ø Há muita bagunça e conversa paralela;
Ø Alguns alunos não respeitam a professora;
Ø Alguns participam e outros não;
· DURANTE O ESTÁGIO
Ø Quase nenhum aluno gosta da língua portuguesa, pois dizem que tem que ler e escrever muito;
Ø No momento das aulas alguns alunos participam, outros não prestam atenção e outros ficam fazendo brincadeiras “sem graça”;
Ø No momento dos exercícios (um foi individual e outro em grupo), a maioria da turma participa e faz as atividades propostas.
Ø Reclamam porque têm que copiar o assunto;
Ø Em alguns momentos todos escrevem o assunto, mas logo começam a conversar muito e acabam não prestando a atenção devida na aula;
Ø Há muita conversa paralela;
Ø Percebi que alguns alunos ficavam “zoando’ de tudo que falei e fazia (com relação às atividades e ao assunto).
O presente Estágio Supervisionado teve como ponto positivo a experiência em sala de aula, proporcionando um melhor desempenho individual para assim, como futura profissional da educação, (eu) saiba da realidade que irei viver em sala de aula, e para também proporcionar aos meus futuros alunos um bom processo de ensino-aprendizagem, pois: “É que o trabalho do professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo”. (Paulo Freire, P.71)
Como ponto negativo, posso destacar o desinteresse dos educando em realmente aprender o que lhes é repassado. O professor tem o papel de ensinar, mas interesse por esse ensino, depende de cada educando: “Ninguém pode conhecer por mim assim com não posso conhecer pelo aluno. O que posso e o que devo fazer, na perspectiva progressista em que me acho ao ensinar-lhe certo conteúdo, desafiá-lo a que se vá percebendo na e pela própria prática, sujeito capaz de saber. Meu papel de professor (...) não é apenas o de ensinar matemática ou biologia mas sim, tratando a temática que é, de um lado objeto de meu ensino, de outro, da aprendizagem do aluno, ajudá-lo a reconhecer-se como arquiteto de sua própria prática cognoscitiva”. (Paulo Freire, P.140)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a realização do estágio supervisionado, percebe-se a importância de se vivenciar as atividades no cotidiano escolar. O estágio, é o momento em que o aluno/estagiário tem uma experiência significativa para a formação. Dessa maneira torna-se imprescindível seu esforço pessoal para que futuramente atue com responsabilidade e êxito em sua profissão.
REFERÊNCIAS
MURRIE, Zuleika de Felice. SILVA, simone Gonçalves da. FERNANDEZ, Jeosafá Gonçalves. Língua Portuguesa – ensino médio. São Paulo: Editora do Brasil, 2004.
FREIRE, Paulo.Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa – São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção leitura).
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